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A energia gerada seria suficiente para abastecer o equivalente a 135 milhões de lares de tipo médio na UE
A energia gerada seria suficiente para abastecer o equivalente a 135 milhões de lares de tipo médio na UE
17.03.2009
Lusa
Em 2020, a energia eólica gerada na Europa poderá abastecer o equivalente a 60 por cento dos lares europeus, sustenta hoje a Associação Europeia da Energia Eólica (EWEA).
Essa quantidade corresponderia a uma capacidade instalada de energia de procedência eólica de 230 gigawatts, que é a meta apontada pela EWEA, segundo anunciaram os seus responsáveis numa conferência que hoje começou em Marselha.
Arthouros Zervos, presidente da EWEA, defendeu as perspectivas em crescendo do aproveitamento desta energia renovável, apoiadas pelos objectivos assinalados na directiva comunitária de Energias Renováveis, na sequência do acordo alcançado em 2008.
Os 230 gigawatts são um aumento em relação aos 180 que a própria associação tinha apostado como objectivo anteriormente, explicou Zervos, precisando, no entanto, que só se alcançará essa meta se todos os Estados comunitários cumprirem com os prazos previstos.
A energia gerada por esses 230 gigawatts seria suficiente para abastecer o equivalente a 135 milhões de lares de tipo médio na UE e assim se forneceria entre 14 a 18 por cento da procura eléctrica em 2020, acrescentou Zervos.
O comissário europeu da Energia, Andris Pielbags, afirmou na mesma conferência que "a energia eólica pode substituir em grande medida os combustíveis contaminantes e finitos de que actualmente dependemos", segundo um comunicado dos organizadores da reunião.
De acordo com dados da Comissão Europeia, 3,5 por cento das reservas certificadas de carvão estão na UE mas os países da União Europeia só têm dois por cento das de gás, menos de dois por cento das de urânio e abaixo de um por cento das de petróleo de todo o mundo.
"Com o tempo a Europa perderá a batalha", alertou o comissário, recordando que as empresas europeias têm duas terças partes do mercado mundial da tecnologia da energia eólica, avaliada em 35 mil milhões de dólares.
A reunião de Marselha, que decorre até quinta-feira, abordará outros temas relacionados com a energia eólica, como assuntos políticos, técnicos e científicos.
Opinião dos leitores
Os magnatas do petróleo deixarão?
Por Anónimo - Bahia Brasil
E o que será do petróleo do Brasil, de Angola, da Venezuela e do de todo o Golfo da Guiné? os investimentos realizados e a realizar nestes países onde a Galp também é accionista, vão-se perder? e se o preço do barril está baixando e ainda vai baixar mais porque a concorrência das eólicas é forte, o que irá acontecer aos papéis das bolsas de valores mundiais com as acções das petrolíferas? e se todos os países europeus vão produzir mais de 60% da energia via eólica mais a via foto voltaica solar a produzir nos países mediterrâneos, com muitas horas de sol diárias, mais o carvão mais as centrais nucleares enfim tanta energia produzida e os preços ainda não baixaram nem vão baixar, alguém devia informar os Povos Europeus, que necessitam da energia e pagam--na cara, muito cara, para onde vai tanto lucro e para que serve tanto dinheiro, se o Povo cada vez está pior e a crise é só para quem trabalha muito e ganha pouco, a não ser que esses lucros sejam para doar aos bancos, doar às empresas automobilísticas, às companhias de seguros e seus administradores, com umas "luvas" aqui e outras acolá, a amigos e membros dos governos, actuais ou ex- membros, bancários e conselheiros de estados, etc.
Estamos a falar de 6% do consumo de energia
Por Anónimo – Lisboa
Facto positivo. No entanto, visto que a electricidade representa não mais de 30% de toda a energia consumida, significa que estas eólicas irão representar em 2020 cerca de 6% de toda a energia consumida. Temos mesmo de intervir é de dar cada vez mais importância à eficiência energética, quer na indústria mas sobretudo nos edifícios e à mobilidade sustentável, sobretudo com a ferrovia a sobrepor-se à ferrovia e as portagens urbanas.
14... só???
Por Frederico – Lisboa
14 a 18 por cento da procura eléctrica em 2020??? Mas isto nem sequer é nada ambicioso. Portugal em 2008 já produziu 10% da energia consumida através de eólicas. Espero que em 2020 se esteja nos 40 ou 50%. Se o resto da Europa se ficar pelos 14% é muito mau sinal.
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