26.03.2009
PÚBLICO
Cinquenta e seis espécies animais e vegetais foram descobertas durante uma expedição científica de dois meses nas florestas virgens da Papua Nova Guiné. São aranhas, sapos e plantas sobre os quais nunca tinha sido feito qualquer registo, anunciou ontem a Conservation International, que organizou a expedição.
Cientistas britânicos e canadianos deslocaram-se às ilhas do Pacífico para, em conjunto com cientistas locais, explorarem territórios tropicais virgens que possuem uma vasta riqueza de fauna e flora. Cinquenta aranhas, três sapos, duas plantas e um lagarto até agora desconhecidos foram o resultado da investigação, feita no ano de 2008.“Quando se encontra algo novo tão grandioso e espectacular, é uma prova de que há muito mais por aí que desconhecemos”, afirmou o cientista que liderou a expedição, Steve Richards, citado pelo diário espanhol "El Mundo".Aranhas que podem dar saltos de 15 centímetros, sapos com um coaxar muito alto e lagartos que têm os dedos tortos são alguns exemplos do que foi encontrado nas ilhas da Papua Nova Guiné.Além disso, cerca de 600 espécies foram também alvo de estudo, com o intuito de aumentar a documentação científica existente sobre elas. A maior parte das florestas da Papua permanecem intactas graças ao cuidado das tribos locais. São tribos que dependem da vida selvagem para caçar e colher fruta e vegetais. “É o profundo conhecimento que possuem da área em que habitam que os leva a preservar a vida selvagem e o meio ambiente”, afimou à AFP Bruce Beehler, da Conservation International. O papel destas florestas no que diz respeito ao abrandamento das alterações climáticas é fundamental, uma vez que absorvem enormes quantidades de dióxido de carbono.Desde 1990 foram realizadas pela Conservation International mais de 60 expedições pelo mundo que levaram à descoberta de cerca de 700 espécies provavelmente novas para a ciência. Neste momento estão planeadas mais três expedições já a partir do mês de Abril.
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