CRIAR e fomentar um espírito de compreensão entre os povos da terra; INCENTIVAR o estudo e a prática dos princípios de bem governar e duma educação cívica elevada; INTERESSAR-SE activamente pelo bem-estar cívico, cultural, social e moral da Comunidade; UNIR os Clubes com laços de amizade, bom companheirismo e compreensão recíproca; PROMOVER livre e ampla discussão dos assuntos de interesse público, excluindo o partidarismo político e o sectarismo religioso; ESTIMULAR e promover elevado padrão de ética nos negócios e nas profissões, sem esperar recompensa material.
CODIGO DE ÉTICA DOS LIONS
HONRAR a minha profissão, dignificando-a e impondo-a ao respeito alheio; LUTAR pelo êxito da minha actividade profissional e aceitar toda a remuneração ou lucro que equitativa e justamente mereça, recusando porém qualquer vantagem conseguida à custa da minha dignidade ou de consciente transigência moral; TER sempre presente que para triunfar não é necessário prejudicar o próximo; DECIDIR contra mim no caso de dúvida quanto ao direito ou à ética dos meus actos; CULTIVAR a amizade como um fim e não como um meio, acreditando que ela não resulta de favores mutuamente prestados, mas sim, de sentimentos espontâneos, que não encontram retribuição senão na própria amizade; TER sem sempre presentes os meus deveres para com o meu Deus e a minha Pátria, sendo-lhes sempre leal em pensamentos, palavras e obras e dedicando-lhes, desinteressadamente, o meu tempo, o meu trabalho e os meus recursos. ESTAR sempre pronto a ajudar o próximo, a consolar o aflito, a socorrer o necessitado e a amparar o humilde;SER comedido na crítica e generoso no elogio; Construir e não destruir. SERVIR e não servir-se.
Sobre os Lions
Os Lions formam uma rede internacional com 1,3 milhões de homens e mulheres, repartidos por cerca de 45.000 clubes de 200 países e regiões, trabalhando juntos para responder às necessidades que desafiam as comunidades em todo o mundo. Os Lions recolhem verbas importantes que são aplicadas em causas sociais e de solidariedade. Conhecidos pelo seu trabalho visando o fim da cegueira evitável, os Lions participam numa imensa variedade de projectos tão importantes e diversificados como a limpeza de parques, a dádiva de sangue, a promoção da paz, o apoio aos desfavorecidos ou ás vítimas de desastres naturais, entre muitos outros. Fundada em 1917, a associação de Lions Clubes já proporcionou a milhões de pessoas no mundo inteiro a oportunidade de retribuir às suas comunidades. Visite o site ww.lionsclubs.org para ver como os Lions continuam a fazer a diferença todos os dias e em todos os lugares. Ajude-nos a ajudar!
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PONTO DE VISTA
Forúm Mundial de Teologia e Libertação
texto Leonardo Boff *
* Teólogo
Desde os seus primórdios, no
final dos anos 60 do século passado, a
teologia da libertação nasceu do esforço
de articular o discurso da fé com o
discurso da sociedade na perspectiva
dos oprimidos. A sua marca registada
foi e continua a ser a “opção pelos pobres
contra a pobreza”. A perspectiva
era e é global, de modo que já nos anos
70 se organizaram os primeiros Fóruns
Mundiais da Teologia da Libertação,
em Chicago, no México e no Brasil.
E continuaram, até que a cegueira
de sectores poderosos do Vaticano os
tivessem proibido. Como são por natureza
ecuménicos, tais fóruns continuaram
a acontecer regionalmente.
Com o surgimento dos Fóruns Sociais
Mundiais, a partir de 2001, encontrou-
se o espaço público para a continuação
destes encontros globais: o
primeiro, em Porto Alegre, em 2005;
o segundo em Nairobi, no Quénia, em
2007; e agora em 2009, em Belém.
Perfilou-se melhor o estilo da
reflexão. Em vez de se falar simplesmente
de teologia da libertação e assim
ressuscitar as discussões do passado,
preferiu-se falar em teologia e
libertação. O sentido é confrontar a fé
reflectida e crítica (teologia) com os temas
da opressão que possuem os mais
diversificados rostos, desde as crianças
consumidas como carvão na máquina
produtiva, até aos massacres, como os
de Gaza. O discurso não é intra-eclesiástico
e em favor ou contra as Igrejas,
mas público, voltado para a sociedade
mundial. A questão central não é discutir
o futuro do cristianismo, mas que
contributo pode dar aos verdadeiros
problemas humanos, que são a perpetuação
da paixão dos pobres, o aquecimento
global e as suas eventuais
consequências
perversas.
O cristianismo não pode ser um
superego castrador de temas importantes
da agenda mundial, mas deve
ser uma fonte de inspiração e de ousadia
para questionar o paradigma civilizacional
dominante que faz de todos,
ricos e pobres, oprimidos, afogados no
consumismo de bens materiais, sem
sentido de solidariedade e de cuidado
para com o património comum que é
o planeta Terra. Mas, principalmente,
pode mostrar-se fecundo no compromisso,
ao lado dos movimentos sociais
– os verdadeiros novos actores – no
combate ao sistema do capital produtor
de grandes injustiças, na luta pela
terra, negada às grandes maiorias e na
busca de alternativas de produção e de
vida. Não é sem razão que é unicamente
esse tipo de cristianismo que possui
mártires como a irmã Doroty, o padre
Jósimo e tantos outros da América
Latina. Das burocracias eclesiásticas
nunca saem místicos, santos e mártires
mas apenas medíocres reprodutores
do sistema religioso.
Em todos estes Fóruns de
Teologia e Libertação compareceram
mais de mil pessoas vindas de todos
os Continentes, também da Europa
e dos Estados Unidos da América,
o que mostra a vitalidade deste tipo
de pensamento. As autoridades doutrinárias
do Vaticano estão iludidas
quando imaginam que com sua disciplina
liquidaram a Teologia da Libertação.
Ela nasce do grito da Terra
e dos pobres. Enquanto estes continuarem
a gritar, há todas as razões
para actuar de forma libertadora e
elaborar a partir daí uma teologia.
De certa forma, as suas intuições
tornaram-se património comum do
cristianismo contemporâneo, salvando-
o do cinismo.
O tema de 2009, em Belém, foi
“Água, Terra e Ecologia para um outro
mundo possível”. Partiu-se da
conjunção das várias crises, todas elas
ligadas à falta de sustentabilidade do
sistema-Terra. O tema da ecologia impunha-
se. Não como técnica de gestão
de recursos escassos, mas como novo
paradigma de relação para com a Terra,
não como mero meio de produção,
mas como um ser vivo, gerador
de toda a vida. Como disse ao fórum
um discípulo de Edgar Morin, Patrick
Viveret, biólogo e economista: importa
fazer “um bom uso do fim de um
mundo”. Agora abre-se espaço para
um outro mundo não só possível, mas
necessário. O cristianismo é chamado
a trazer o seu contributo a partir de
seu capital de respeito e de cuidado.
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